07/04/2013

Minhas duas décadas



Acabei fazendo vinte anos. E uma das características de ter vinte anos é ter tempo de escrever sobre isso só muitos meses depois.
A medida que você vai ganhando anos, você vai ficando cada vez mais sozinha. Seus pais acabam percebendo que você sabe se virar sozinha e acabam deixando você tentar viver sem a presença deles, e aí, querida, você acaba numa sala de espera de um hospital lotado, sozinha, porque você já tem idade pra isso. Seus amigos já não tem tanto tempo pra você assim, e nem você pra eles, mas isso não é lá de tudo tão ruim, porque quando acontece de vocês terem tempo, é aí que um dos melhores pedacinhos da vida acontecem. 
Você tem contas pra pagar, e tem que decidir entre a bebedeira no final de semana ou a bota nova no final do mês...que chato. 
Sabe o que você pode fazer com 20 anos? Viajar, baby! Tá que você troca um hotel luxuoso com piscina e cafe da manhã quilométrico em que seus pais te acostumaram, por um hotel mais ou menos, mas que você nem vai ligar muito porque provavelmente chegara bêbada ou casada demais para notar, e isso...é maravilhoso. Perceber que você pode se vira sozinha, até mesmo no metrô lotado de SP, é bom demais, é a sensação de que tudo pode da certo mesmo quando você não tiver sua mãe para fazer seu café da manhã. 
Tomar decisões nunca foi a minha praia, mas vou ter que começar a me adaptar, fincar meu guarda-sol na areia, abri a cadeirinha e decidir algumas coisas, porque é assim que funciona quando você tem mais de uma década nas costas. 
Mas o melhor de tudo, é a consciência de estar vivendo, vivendo demais! Chegar cansada, trabalhar, e dormir exausta é só uma prova que você é gente, que você vive que você tem uma vida que te ocupa, e que você pode aproveitar cada segundinho, porque como dizem, depois dos vinte o tempo vooooooaa! E tempo é uma coisa que eu não ando gostando de perder, porque sinto que meu texto de 4 décadas se aproxima cada vez mais rápido, e até não não quero rugas nem coisas por viver. 

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