Oi, não sei como começar, sendo que isso não é pra você é pra mim, queria te contar tudo isso mas o orgulho é demais, quero sair por cima sabe? Bobinha...é, sei que você falaria exatamente assim.
Quero que saiba que fico feliz e triste por eu ter aberto meu coração pra você. Feliz porque tirei um peso da minhas costas, e triste por não ter você mais do meu lado, por não ter você para mandar mensagens do tipo "Adivinha o que eu tô comendo agora? Hmmmm", triste por não ter ninguém mais para "brincar de namorar"(se é que isso é possível), na verdade acho que esqueci o que é não "ter" você.
Sabe o que eu mais queria agora? Voltar no tempo com a certeza de que a única coisa que você queria de mim era amizade, me contentaria só com ela, te juro. Porque não me apaixonei por você; me apaixonei pela idéia de você gostar de mim como ninguém nunca gostou, me apaixonei pela segurança e facilidade que você me dava...sim, gosto do fácil, só que o fácil está saindo extremamente difícil agora. Tão difícil que a galera inabalável da minha casa se abalou com meu chororô pelos cantos, pela minha tristeza aparente e pela minha estranha falta de apetite.
Ontem tive a impressão de que derramaram uma caixa lotada de sentimentos em cima de mim, mas agora consigo classifica-los, nomear-los e sentir-los, posso até te contar alguns:
Vergonha: esse sem dúvida é o mais forte, consigo imaginar direitinho você escrevendo aquela mensagem pra mim, e quando penso nisso quase coro de vergonha e dou uma risada vergonhosa. Não gosto de imaginar o que você estava pensando na hora, já que com isso tudo percebi que ler os seus pensamentos não é o meu forte.
Saudade: É, acho que esse sentimento vai ficar em mim por um bom tempo. Sempre que você viajava eu quase tinha um colapso (é, é verdade) por não poder mais falar com você a hora que eu quisesse. Agora fico só imaginando com é não poder falar com você...hora nenhuma. Vai me dar saudade também da vida que eu construí para nós na minha cabeça, acredite, pensei em tudo. Ah, vou sentir uma falta danada do abraço magro e frio que só você tem, só de pensar que não vou mais entrar super desajeitada no seus braços o nó que estava ontem o dia inteiro na minha garganta reaparece instantaneamente.
Tristeza: Não por mim, mas por você. Fico pensando, com quem você vai conversar sobre sua irmã louca, sobre sua mãe que te acha um péssimo filho ou até mesmo sobre a menina louca que disse "eu gosto de você e fuck the world"? Será que seus amigos loucos vão te escutar? Será que eles vão te falar o que dizer quando alguém faz aniversário? Será que eles vão se sentir interessados quando você mostrar umas daquelas coisas estranhas que você estuda? Será que eles vão te ajudar a compra o presente de aniversário da sua mãe? Além disso tudo fico com medo de ninguém mais gostar de você tanto quanto eu gosto, ou menos, ou quase nada, porque você é bem...peculiar, digamos assim, acho que só eu no mundo tenho a capacidade de sofrer por você, sorry por (não) te dizer isso.
Anyways, queria você de volta! E até você não me dizer alguma coisa vou tentando interpretar seus sinais de fumaça, me segurando para não mandar mensagem do tipo "tô no mercado desenhando canos hahahaha", fechando o olho e tampando o ouvido durante a propaganda da companhia aérea que você gosta, evitando de olhar para o céu e ver as nuvens que te encantam, não escutando de forma alguma "Lemon Tree"e pegando fobia mortal de aviões e Puntos pratas.
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