23/04/2009

Meu último pôr-do-sol





Se eu morresse amanhã,
sentiria um mundo com aroma de hortelã.
E meu ultimo o pôr-do-sol iria ver,
aproveitaria cada segundo como tem de ser.

Foto dos meus lugares preferidos comigo iram voar.
Valorizarei coisas simples como a brisa fresca do ar.
Minhas musicas favoritas irei cantar, gritar,
pra que todos saibam,
que amanhã será o meu ultimo pôr-do-sol.

Aonde ir e o que fazer?
Sairia por ai sem saber
perderia menos tempo planejando
e gastaria mais realizando.

Minhas amigas bem forte, eu iria abraçar... suspirar
Pois quando não há palavras,
só o ar pode explicar.

O almoço de amanhã seria com as minhas famílias
Iria abraçá-los bem forte
Pois não teria mais outro dia
E assim amenizaria a saudade
que dentro de mim já batia.

Mas pedaços de mim iram continuar
no coração dos meus amigos
quando de mim lembrar.

Grande diferença não hei de fazer,
mas de mim, minha mãe lembrará
em cada amanhecer
em que eu não acordar.

E filhos? Não pude ter.
Nem um grande amor deu tempo de viver.
Não foi dessa vez que Eliza nasceu
ficaria tão feliz
pena que não aconteceu.

Não tive uma casa só minha,
em que à parte que eu mais gostasse
Fosse a cozinha.
Jantares não pude fazer,
em que eu e meus amigos,
cantávamos,
dançávamos
e gostávamos de beber.

E as férias de verão?
À praia, não pude levar meus filhos
e castelos de areia não construímos.

Se eu morresse amanhã
Escolheria um vestido para meu velório,
Por favor, um Chanel nada simplório.

Mas isso só se amanhã eu morresse
talvez, um poema eu nem escrevesse,
Ou pouco me importaria a rima das palavras
pois estaria muito ocupada
com a pouca vida que ainda me restava.

Esse poema é um trabalho de literatura da escola, em que eu tive que fazer um poema que começasse com a frase "se eu morresse amanhã".

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